Lean Six Sigma: o segredo dos processos (quase) perfeitos

Na imagem vemos um homem de terno com o dedo apontado em direção a tela onde está escrito Lean Six Sigma.

Processos perfeitos não existem? Mas quase perfeitos, segundo os adeptos da metodologia Lean Six Sigma, existem sim. Quando se trata da área da qualidade, existem dois métodos que já são velhos conhecidos, o Lean e o Six Sigma. Esses dois juntos podem levar a sua operação para outro nível! 

 Se você quer conhecer melhor as vantagens de unir o lean ao seis sigma continue aqui comigo que eu vou te apresentar o Lean Six Sigma, um método completo e poderoso para quem quer construir uma cultura de qualidade de processos forte e vantajosa para a empresa.

O que é Lean Seis Sigma?

Lean Six Sigma é a união de duas das metodologias mais populares na gestão da qualidade de processos. Para compreender o que essa junção significa, precisamos conhecer melhor os conceitos separadamente. Então vamos começar com o Lean:

Como surgiu o Lean e o que significa?

Lean significa enxuto. O Lean Manufacturing – manufatura enxuta – é uma filosofia focada em eliminar desperdícios durante processos. Sua origem se deu no universo das indústrias japonesas, logo após a Segunda Guerra Mundial.

Com o país economicamente abalado, as indústrias da época não conseguiram manter a cadeia produtiva em massa, como era de costume. Nessa época, os engenheiros produtivos da Toyota, Taiichi Ohno e Shigeo Shingo, queriam desenvolver um sistema que não dependesse de grandes estoques e que fosse capaz de manter a produção com qualidade, mantendo o fluxo de caixa em movimento. Assim o fizeram.

Os resultados surpreenderam: 29,4% de aumento no resultado líquido e 7,4 milhões de automóveis vendidos. Graças a isso, logo o sistema Toyota de produção, hoje conhecido como Lean Manufacturing, se popularizou no Japão e até hoje é utilizado no mundo todo.

 

Mas em que consiste o Lean manufacturing? 

O Lean é um compilado de práticas e técnicas que nos ajudam a identificar e eliminar desperdícios nos processos. Como vimos, a origem do Lean foi no ambiente dos processos produtivos, mas podemos aplicar nas áreas de negócios também. Recomendo a leitura deste outro artigo do nosso blog: Lean Office – Como ter um escritório enxuto com mudanças simples?

A metodologia lean foca em identificar 7 desperdícios e aplicar 5 princípios, veja quais são:

 

7 desperdícios do Lean Manufacturing (ou seriam 8?):

  • Processamento impróprio
  • Produção excessiva
  • Estoque
  • Transporte
  • Movimentos desnecessários
  • Defeitos e retrabalho
  • Espera

Algumas literaturas também consideram um 8º desperdício: o Intelectual humano.

Leia mais: Conheça 7 desperdícios lean nas áreas de negócios

 

5 princípios do Lean Manufacturing

  • Identificar o valor;
  • Mapear o fluxo de valor;
  • Criar um fluxo de trabalho contínuo;
  • Estabelecer o pull (sistema de produção puxada);
  • Buscar o aperfeiçoamento contínuo.

Leia mais: 5 princípios da filosofia lean para aplicar em qualquer tipo de processo

 

Como aplicar o Lean Manufacturing?

Derivados do Lean Manufacturing temos as abordagens: Lean office, Lean Healthcare, Lean Construction e Lean Startup, que se aplicam, consecutivamente, a escritórios, procedimentos de saúde, áreas da construção e startups. Apesar das aplicações serem diferentes, todas têm o mesmo propósito: produzir mais com menos!

O Lean busca sempre aperfeiçoar a produção para que as empresas consigam otimizar os recursos. Mas como isso é feito na prática? Com muita análise. Para isso, diversas ferramentas podem ser utilizadas: 5w2h, PDCA, Histogramas, Mapeamento de fluxo de valor, Diagrama de Ishikawa e diversas outras.

Agora que você já tem um entendimento melhor do Lean Manufacturing, vamos conhecer o Six Sigma e entender como esses dois métodos se relacionam.

E o Six sigma, o que é?

O Seis Sigma serve para diminuir a variabilidade dos processos. Na visão Six Sigma, quanto mais variabilidade mais erros acontecem. Isso dificulta a previsibilidade dos resultados.

Assim, a metodologia se concentra em caminhar para a perfeição, corrigindo os processos com base em dados para torná-los cada vez mais centrados nas necessidades do cliente.

O sigma, além de ser uma letra do alfabeto grego, é uma medida de variação estatística. Para as empresas, é uma taxa de desperdício que acontece nos processos. Em outras palavras, podemos dizer que é uma escala que ajuda a identificar o desempenho da operação.

Uma empresa que se encaixa em 1 sigma está mais propensa a erros e desperdícios. Já a organização que alcançou o nível mais alto de qualidade, o 6 sigma, está próxima da perfeição. Seria algo como 99,9997% livre de defeitos ou 3,4 peças defeituosas em uma produção de 1 milhão. Nada mal hein?!

Como surgiu o Six Sigma?

A metodologia Seis Sigma foi desenvolvida pela empresa Motorola em meados dos anos 80. No entanto, a popularização do programa se deve à General Electrics sob direção do executivo americano Jack Welch.

Com a implementação do método, a empresa passou por uma reestruturação profunda na sua cultura, estabelecendo como meta alcançar o nível Seis Sigma. Dois anos depois do início da iniciativa, a organização já colhia os frutos de seus esforços.

 

Como implantar o Seis Sigma  

O seis sigma é conduzido por uma equipe multidisciplinar geralmente liderada por dois papéis, o Champion e o Black Belt, que devem ser certificados na metodologia. O Six Sigma funciona através da definição de metas.

O projeto é definido através da estratégia DMAIC, onde cada letra significa uma etapa – Definir, Mensurar – Analisar – Incrementar – Controlar. Em cada etapa podem ser usadas diversas ferramentas para atingir as metas estabelecidas.

É um projeto que depende do comprometimento da empresa como um todo. O Six Sigma utiliza métodos e cálculos matemáticos para chegar a alguma conclusão, isso afasta os achismos. Todos os envolvidos devem ter noção disso para compreender o quanto pode ser vantajoso para a organização.

Enfim, o Lean Six Sigma

O Lean Six Sigma une esses dois conceitos para melhorar processos através de um leque de ferramentas e técnicas ainda maior do que cada um deles separadamente. Uma dessas ferramentas é o Design para Lean Six Sigma (DFLSS).

Como geralmente as pessoas da área da qualidade conhecem um ou outro método, a curva de implantação do Lean Six Sigma se torna menor. Com mais opções de ferramentas há também mais possibilidades, tanto para eliminar desperdícios quanto para evitar variabilidades. As ferramentas e técnicas são organizadas na ordem mais apropriada para cada etapa do DMAIC.

É assim que diversas empresas usam o Lean Six Sigma no aperfeiçoamento de vários tipos de processos. E você, o que achou dessa possibilidade? Já pensou em usar o Lean e o Seis Sigma juntos? Comenta aqui embaixo o que você pensa a respeito disso.

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